Meio
Sou meio de cada coisa, de cada lugar, de cada pessoa. Sou meio meu pai, minha mãe, sou meio você. Sou meio Bahia, meio Sergipe.
Sou meio homem, meio mulher. Meio triste e alegre, meio verdade, meio mentira. Meio de ninguém, meio de um, meio de duas. Meio choro, meio riso.
Mas às vezes sou mais de um meio que um meio só. Sou mais noite que dia, mais chuva que sol, sou mais eu que você. Mais vinho que cerveja, mais você do que eu.
Mais sal que açúcar, mais feira que shopping, mais mar que cachoeira, mais dançar do que cantar. Sou mais amigos que amores, mais partida que chegada, mais rua do que casa.
Não dá pra ficar só no meio, nem no mais de que um meio, fico também no menos do meio. Caranguejos, Pedrinhas, cajús, cabruncos, oxentes, Itabuna, Rio, Maringá... um taco de mim em cada canto está. Aqui, ali e acolá.
Leila Oliveira
Sou meio de cada coisa, de cada lugar, de cada pessoa. Sou meio meu pai, minha mãe, sou meio você. Sou meio Bahia, meio Sergipe.
Sou meio homem, meio mulher. Meio triste e alegre, meio verdade, meio mentira. Meio de ninguém, meio de um, meio de duas. Meio choro, meio riso.
Mas às vezes sou mais de um meio que um meio só. Sou mais noite que dia, mais chuva que sol, sou mais eu que você. Mais vinho que cerveja, mais você do que eu.
Mais sal que açúcar, mais feira que shopping, mais mar que cachoeira, mais dançar do que cantar. Sou mais amigos que amores, mais partida que chegada, mais rua do que casa.
Não dá pra ficar só no meio, nem no mais de que um meio, fico também no menos do meio. Caranguejos, Pedrinhas, cajús, cabruncos, oxentes, Itabuna, Rio, Maringá... um taco de mim em cada canto está. Aqui, ali e acolá.
Leila Oliveira