terça-feira, 24 de janeiro de 2012

(Des)conhecido

Um desconhecido na minha cama. Tão visto pelos meus olhos, e tão cego para o meu coração. Não conheço os caminhos que passou, nem pelo qual está passando, só conheço os caminhos do seu corpo. É fim de festa. Perfume no fim, álcool, cigarro e sexo são os cheiros. Um estranho, que nada fala. A fala que eu conheço é a do seu corpo. A fala que pede, que se insinua, que pressiona, que respira forte. Um estranho que eu não amo, que não sinto carinho. Só curiosidade, tesão e a sensação da perda de tempo. Uma vontade que não fica. É a vontade que vem à noite e vai embora com o sol. No início quer saber pra onde aquilo vai, mas nada se sabe, nada se sabe de verdade nem de mentira. Vai ficando ali e depois acostuma. E o perigo está aí no ACOSTUMAR. E o costume é o aviso de saída, um belisco para a mudança.

A vontade no início veio e quis ficar, depois ela ia e vinha. Agora ela já foi. Tchau vontade, tchau costume, tchau desconhecido. Que coisa mais estranha. Olá, mudança!

Leila Oliveira

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Com tolerância, generosidade, criatividade e bom humor a gente vai levando, levantando, aparando, apertando... os amigos, a família, os amores e a vida.

Leila Oliveira