
Quando nossos olhos se encontram, se fixam brilhantes e falantes. Nossos olhos se fecham, e nossas bocas se procuram fervorosas e sedentas. Minhas mãos vão percorrendo o seu corpo como se dançassem uma eterna valsa, explorando cada pedaço do seu corpo. De repente somos tomados por uma onda de sensações, imersos no prazer perdemos a razão. Nos mordemos, nos lambemos, nos comemos. Nossos poros exalam prazer. Nossos corpos molhados se estremecem, com o coração desgovernado, batendo descompassadamente. Os sussuros já são inevitáveis, ofegantes procuramos ar. Nossos corpos se pressionam suplicando mais e mais contato, e numa fusão se tornam um. Cravamos as unhas, e num grito espocamos de amor.
Depois exaustos, o que se houve é a respiração, o que se ver é a alegria no olhar e o que se sente é uma imensa satisfação. Depois do folêgo estabilizado, novamente fixamos o olhar, nos beijamos, entrelaçamos nossas pernas e adormecemos nús, no chão. No dia seguinte abro meus olhos, com a visão ainda turva, te vejo olhando pra mim sorrindo e dizendo: bom dia, meu amor!
Leila Oliveira